16 de agosto
O antigo e o moderno, lado a lado.
O projeto de preservação do Original Fila Brasileiro não é um projeto social. Respeitamos os clubes e o colunismo social cinófilo, mas não é o nosso caso.
O projeto se baseia em resgatar uma raça que foi alterada, antes mesmo que fosse devidamente estudada. Ao se deduzir apressadamente que o nosso molosso descendesse de cães ingleses, buscou-se fazer com que a hipótese se confirmasse, importando cães de origem inglesa, para “melhorar” a raça nacional.
Nos clubes que realizam exposições, o nosso antigo FB foi desaparecendo, dando lugar em determinadas épocas a exemplares parecidos com mastins, ou cães enormes como Dog Alemão, e finalmente se firmando como uma mistura de mastins X Bloodhound. Ou mesmo de uma mistura original X Bloodhound.
Alguns clubes ocultaram o uso de cães de diversas matizes, sem revelar as verdadeiras origens, como demonstramos recentemente com o caso do cão Aladim da Fazenda Poço Vermelho, filho de cadela preta, mas considerado ícone de raça como Fila Puro, por mais de 40 anos.
A verdadeira antiguidade a ser preservada está nos cães, no fenótipo original e não no clube social. Pessoas passam, mas a raça tem que permanecer.
O projeto OFB tem se esforçado para realizar estudos de campo que ainda não foram realizados, e a despeito de algumas pessoas acreditarem que o OFB é um cão extinto e que não se justifica a busca por ele nos interiores do Brasil, a realidade tem contrariado esta hipótese.
Com relativa frequência temos encontrado cães de padrão antigo em ambientes onde ainda não penetrou o moderno FB. Isso é bem possível, pois como temos mostrado com muito exemplos, o FBM foi produzido em massa há pouco mais de 30 anos.
Criadores que não se preocuparam em levar seus cães a clubes, sem o saber, preservaram a raça.
Neste post mostramos uma matilha de cães preservados em São Gotardo, no interior de MG.
Comparando-se com expedições realizadas em 1980 em fazendas mineiras – primeira fotografia do post - os cães de São Gotardo tem grandes chances de serem animais preservados há séculos. O padrão permanece com perfeição.
Infelizmente nesta matilha já se encontra um FBM com pedigree, cão de padrão visivelmente alterado, diferente dos originais. O que nos preocupa e nos leva a alertar o fazendeiro sobre a possibilidade da perda deste patrimônio precioso.
Por outro lado é uma riqueza para nossos conhecimentos e pesquisa, poder observar um FBM junto aos originais.
Confirma-se tudo que temos dito e demonstrado, sobre a alteração na raça original. Pode-se ver pelas fotografias, lado a lado as diferenças de padrão. A introdução de orelhas de Bloodhound é uma marca do Fila Puro, assim como os lábios grandes e os ouvidos postados mais abaixo no crânio.
01 – Cães em fazenda na região de Malacacheta, MG, com o garoto Daniel Rios de Magalhães Borges, em 1981 em uma das expedições realizadas por Antônio Carlos Linhares Borges, iniciadas desde 1976.
02 – Fêmea aborígene Luma de Porto Alegre, década de 1990, com ninhada de Zabelê do Caramonã, utilizando-se a prática adotada pelo projeto OFB, da interação de linhagens nativas com exemplares de padrão original com pedigree.
03 – Cão demonstrando como devem ser as orelhas do OFB “em atenção”. Cão da matilha de São Gotardo. Busque na internet fotografias de cabeças de cães como Tamoio de Parnapuan e confirme. Expressão grave e resoluta, diferente do FBM.
04 – Cão da mesma matilha, em posição que mostra detalhes da cabeça, especialmente tamanho e formato dos lábios de um aborígene brasileiro.
05 – Cão em posição lateral, demonstrando-se pela fotografia o tamanho e formato do focinho, assim como dos lábios, e a proporção ideal entre crânio e focinho. Animal perfeitamente preservado.
06 - Lado a lado, cão moderno e cão da matilha preservada de São Gotardo. Observe-se as diferenças entre as caixas toráxicas de ambos, assim como dos lábios. No FBM, os lábios são pendentes como no Bloodhound. O que diferencia completamente as expressões das duas raças.
07 – Lado a lado os dois cães, mostrando-se a vista de cima da cabeça do cão moderno. Observa-se o alongamento do crânio, ocasionando a cabeça alterada, em formato de pera mais alongado que o original. Menos molossóide e mais bracóide.
08 – Fotografia da cabeça de uma fêmea original da matilha de São Gotardo, mostrando claramente como deve ser o crânio em pera, massudo, sem a alteração moderna.
09 – Filhote produto do trabalho OFB, demonstrando o resgate da raça, 2020. Ossatura forte, a eliminação das orelhas de Bloodhound, focinho com profundidade ideal. Expressão OFB.
16 de agosto
Neste interessante vídeo, um amigo e aficionado do projeto OFB, visita uma fazenda em São Gotardo, MG, onde conversa com um fazendeiro que preserva uma matilha de cães originais.
Observa-se que os cães apresentam um padrão completamente diferente do moderno Fila Puro.
Ao contrário do que se tenta divulgar, os cães não são leves nem fracos, mas muito fortes, robustos, sem serem do tipo pesadão.
Nenhum excesso de barbelas, couro ou pelanca como se diz, assim como lábios exagerados, caracterizam os cães.
A cabeça destes cães é bastante "massuda" sem no entanto apresentarem qualquer aspecto que faça lembrar mastins ou mastifs modernos, como em muitos FBM.
O dorso dos cães não é do tipo "duro", mas não se nota o que se chama de "maria mole", aquele gingado desengonçado e desarmonioso dos modernos.
A massa corporal é compativel com um molosso que precisa de força para seu trabalho ancestral, mas jamais se confunde com a de um cão lerdo.
Na fazenda, ainda vivem em matilha, comprovando a tradição e a capacidade dos cães comviverem harmonicamente, com a liderança.
30 de agosto
Neste post vamos procurar responder às dezenas de pessoas que nos procuram para saber se é possível realizar o Registro Inicial (RI) de seus cães, que muitas vezes tem características parecidas com dos cães aborígenes que foram até o momento, registrados para fazerem parte do plantel OFB.
Realmente o desejo de adesão ao projeto é considerável, nossos posts tem atingido sempre em torno de 8.000 pessoas visitando, às vezes atingindo bem mais de 10.000 pessoas em alguns posts, organicamente.
As pessoas estão entendendo a proposta de preservação da raça, e aderindo à ideia de que não cabe alterá-la, especialmente com objetivo de incrementar características exóticas, desvalorizando nosso crioulo frente a importados de grandes orelhas e olhares de Bloodhound.
No entanto, algumas pessoas podem estar entendendo que um OFB seja um cão frágil, leve, de pouca massa corporal., em contrapartida aos supertipados do FBM. Claro que cães parecidos com os nossos caipiras originais, se mais leves, podem ser mais ágeis. Mas perderiam em força e potência física, o que não é desejável.
O OFB é um cão de origem boiadeira, de lida com gado bovino, portanto na origem precisaria possuir uma combinação perfeita de força com agilidade. Não podemos perder esta informação de vista – e de memória.
Desde o primeiro padrão da raça FB, da década de 1950, quando só existiam os originais, a definição de APARENCIA GERAL deixava a entender que cão seria este:
“O Fila Brasileiro é uma raça da família dos Molossóides: grande porte, ossatura e musculatura muito fortes. Corpo mais comprido do que alto, porém bem proporcionado e simétrico”.
Em 1976, por consenso absoluto de todos os clubes de criação da raça, e considerando a experiência acumulada com mais de duas décadas de criação em canis, se definia medidas mínimas que caracterizam a raça original:
Altura- Mínimo de 60 cm para as fêmeas e 65 cm para os machos.
Pêso – Mínimo de 40 kg para as fêmeas e 50 kg para os machos.
Evidentemente que estas medidas foram estabelecidas, após várias gerações de cães bem alimentados, admitindo-se que alguns dos primeiros cães provenientes das fazendas mineiras, os aborígenes da época, poderiam estar abaixo destas medidas. Embora nunca se tenha aceitado muito abaixo.
Sabemos que gerações de criação com bons cuidados, podem favorecer o aparecimento de animais maiores.
No nosso caso, por cautela estamos pesquisando o porte dos animais que estão chegando, com cuidados para que cães muito pequenos ou principalmente leves não venham a compor o plantel.
Uma atenção especial deve ser dada ao que se poderia denominar de “chassis” dos animais, ou seja sua fortíssima estrutura óssea. Este é um aspecto que diferencia o OFB de alguns outros molossos, já que o trabalho exigiu isso dele.
Para a pesquisa foi desenvolvido um documento “Medindo o Fila Brasileiro”, à época em que ainda se pensava a criação de um projeto de preservação para o Original Fila Brasileiro.
Demonstramos aqui fotografias de uma fêmea medida em 2020, para que se realizasse o RI, de forma presencial como é exigido.
A fêmea em questão representa satisfatoriamente o tipo racial a se preservar, sem quaisquer sinais de raças exóticas em seu fenótipo. Animal de bom tamanho, ótima expressão racial especialmente com relação à cabeça em seu conjunto crânio/focinho.
Para os que nos procuram, recomendamos a realização das medidas de seus cães, bastando que solicitem do Diretor Administrativo do OFB o formulário: Sr. Josélio 33 9 9985 0569 (whatsapp).
Não há garantia de que um animal bem enquadrado nas medidas desejáveis, venha a ser registrado com RI OFB, já que a análise tem que ser presencial. Porém arquivaremos as medidas de cada animal, para quando a ocasião permitir a realização da análise.
Por outro lado, as pessoas estarão contribuindo com a pesquisa de campo, enviando junto com as medidas, a fotografia do animal. Aos poucos teremos melhores parâmetros de relações entre comprimento e altura, e peso versus tamanho.
Esta pesquisa vem sendo realizada desde 2012, e já temos alguns parâmetros inicialmente. Mas quanto mais pesquisas, maior é a chance de acertos, se for necessário alterar alguma coisa no padrão OFB.
No livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original”, versão 2018, você poderá encontrar todos os padrões elaborados para a raça Fila Brasileiro, ao longo de mais de 70 anos do reconhecimento da raça oficialmente.
Seguem as medidas da fêmea registrada – Pandora Diamantina.
Comprimento total – 1,07 m
Altura - 0,67 m
Comprimento das costelas – entre o cotovelo e a cernelha – 0,34 m
Comprimento das pernas – cotovelo ao chão – 0,33 m
Altura do posterior – 0,68 m
Comprimento total da cabeça – 0,25 m
Comprimento do crânio – 0,13,5 m
Comprimento do focinho – 0, 12 m
Profundidade do Focinho ao meio do osso nasal – 0, 95 m
Profundidade do focinho na “ponta” – 0, 11 m
Peso - com score baixo devido à amamentação : 43,5 kg
Como exemplo de medidas para machos de grande porte, passamos os dados referentes aos cães Baião do Caramonã e Sertão do Cangaço, sendo um de porte grande e outro de porte mediano, mais ideal.
Cabeça (comprimento total) – Baião: 28 cm ; Sertão 28 cm.
Crânio – (comprimento) – Baião: 17 cm ; Sertão: 16 cm
Focinho – (comprimento) – Baião: 11 cm ; Sertão 12 cm.
Proporção crânio/focinho: Baião: 39,28 % ; Sertão: 42,85%.
Focinho: profundidade na ponta – Baião 11 cm ; Sertão 10 cm.
Focinho: profundidade ao meio – Baião 11,5 cm ; Sertão 11 cm
Focinho: profundidade na base – Baião 12 cm ; Sertão 12 cm
Altura na cernelha - Baião 78 cm ; Sertão 72 cm
Altura na garupa - Baião 80 cm ; Sertão 73 cm
Comprimento total - Baião 134 cm ; Sertão 123 cm
Cotovelo (tamanho das pernas dianteiras) - Baião 41 cm ; Sertão 45 cm.
O limite de tamanho e pesos máximos, ainda não foi definido, dependendo para isso, de mais pesquisas e testes de aptidão nos animais.
01 – Foto do animal Pandora assentada – demonstra aspectos da ossatura e cabeça, podendo-se ver as proporções entre crânio e focinho. Crânio forte, molossóide.
02 – Mesma posição, com a cabeça de frente - olhar profundo e grave, sulco mediano bem marcado, “orelhas de molosso”. Os dedos devem ser altos, fortes, e as patas grandes, de grande almofada plantar.
03 e 04 - Animal sendo posicionado para ser medido, observa-se a altura na cernelha acima dos joelhos, em meio à coxa de uma pessoa de altura mediana, em torno de 1,70 m.
05 – Vista de frente do animal – percebe-se boa abertura toráxica, sem exageros, frente forte, reforçada por uma ossatura ótima para uma fêmea.
06 – Detalhe da cabeça, com todos os aspectos desejáveis para a raça. Os lábios não devem apresentar profundidade muito maior que o comprimento do focinho, de preferencia de igual profundidade. Muito menor também não é característica da raça. As orelhas se posicionam em uma linha reta a partir do focinho, passando pelos olhos.
07 – Macho, pai de filhote apresentado aqui. Baião. Peso 65 kg.
08 – Filhote do casal ao completar 30 dias de idade. O que se espera é uma tipicidade mais antiga, com grande ossatura, “chassis” muito forte e saúde proveniente especialmente da rusticidade que os aborígenes podem trazer ao plantel.
7 de setembro
Continuando nesta postagem com os esclarecimentos sobre o que se entende sobre a preservação do Original Fila Brasileiro, vamos tomar algumas partes do texto do Padrão Ilustrado OFB, bem como algumas imagens utilizadas.
O padrão está postado na íntegra no site do Núcleo de Preservação do Original Fila Brasileiro. No site, uma explicação sobre o padrão deixa claro quando foi elaborado e que o projeto OFB se constitui de pesquisas, já que a raça foi pouco estudada antes que se decidisse alterá-la.
Já divulgamos amplamente que a influência de mitos sobre o FB, levou a alterações radicais na raça, resultando em diversos padrões ao longo dos anos, com uma sequência de alterações à medida em que se alterava os animais.
Da mesma forma a pouca orientação técnica nas criações, levou a processos seletivos equivocados.
Segue parte do texto postado no site do Núcleo:
“O padrão Original Fila Brasileiro foi elaborado em 2013 pelos primeiros criadores da raça, assim que surgiu a ideia da preservação. Foi elaborada uma versão ilustrada, para facilitar o bom entendimento do texto, considerando que diversos textos de padrão tornaram-se ao longo do tempo, ultrapassados devido às alterações na raça Fila Brasileiro.
A experiência demonstra que apenas o padrão escrito pode ser insuficiente para manter a morfologia e as características raciais intactas, motivo pelo qual se fez necessária a separação das raças OFB e FB, ou FBM.
Considera-se este padrão um ponto de partida para o trabalho de preservação do OFB, não devendo ser considerado algo inalterável. A raça ainda se encontra em estudo para a verificação de detalhes, sobre os quais pode-se chegar a conclusões por motivos técnicos, de que devem ser alterados no futuro.
O padrão procura aproximar nossos cães, do antigo padrão dos cães resgatados nas fazendas nas primeiras décadas de seu reconhecimento pelo BKC. Por isso, sua semelhança em diversos itens, com o primeiro padrão Fila Brasileiro, escrito em 1952.”
Proposta para a criação de um padrão – texto inicial.
APARENCIA GERAL.
O Fila Brasileiro é uma raça típica da família dos molossoides: grande porte, ossatura e musculatura muito fortes. Corpo mais comprido do que alto, apresentando figura retangular, porém bem proporcionado e simétrico. A figura é de aparência impressionante, difundindo temor e admiração. O porte é elevado, nunca atarracado. Apresenta nítido dimorfismo sexual.
TAMANHO.
Machos – Altura de 65 a 75 cm na cernelha. Peso em torno de 50 a 60 kg.
Fêmeas – Altura de 60 a 65 cm na cernelha. Peso em torno de 40 a 50 kg.
Comprimento proporcionalmente maior que a altura em cerca de 10%, medido do peito à ponta da nádega.
CABEÇA.
Sempre grande e pesada em relação ao corpo, de aspecto maciço, tipicamente braquicéfala.
Crânio grande e largo, estreitando um tanto abruptamente, ao iniciar-se o focinho.
Crânios estreitos e longos devem ser penalizados, já que negam ao tipo molossóide.
Jamais a cabeça de um Fila de padrão original poderá ser confundida com a de um Mastif ou Mastin Napolitano, pelo fato de se apresentar tipicamente braquicéfala.
Vista de cima, apresenta aspecto nitidamente periforme, que a diferencia dos demais molossos.
Comentário:a definição de peso fica para mais estudos, porém fica claro que não se trata de uma raça frágil.
Visto isso, podemos tecer alguns comentários, com fotografias que seguem.
Foto 01 – Cães originais na fazenda da extinta criação de Teli Gonçalves, em 2009. Autoria de Antonio Carlos L. Borges.
Em entrevista com o patriarca, aos 92 anos de idade à época, ele explica que a criação remonta a pelo menos o ano de 1915, quando a família de pioneiros migrou da região do Sêrro, MG para o Alto Suassuí. Seu pai já vinha trazendo os cães como elementos indispensáveis na ocupação do território.
Até o ano de 2009, os cães permaneceram em consanguinidade. Após o falecimento do patriarca, os filhos não seguiram com a criação.
Foto 02 – Cão da criação de Teli Gonçalves, 2009, na fazenda de sua filha D. Édina, com criança. Observa-se que o porte é bastante para um cão de 50 kg.
Foto 03 – O antigo criador da raça Fila, Sr. José Gomes, com o cão Lorde, ambos idosos, aproximadamente 1977.
No livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original” versão de 2018, de Antonio Carlos, à página 2016, demonstra-se através de fotografias que este cão pode ser resultado de seleção do fazendeiro, a partir de cães aborígenes.
As origens desta linhagem remonta a mais ou menos 1930.
Foto 04 – Fotografia em lateral do mesmo cão, já com aproximadamente 12 anos de idade – fotografia do final da década de 1970.
Pode-se ver em artigo técnico, comentado a respeito da estrutura de Filas antigos e modernos (Parte 04), no site do Núcleo de Preservação do Original Fila Brasileiro, que este cão ainda preserva a estrutura morfológica funcional.
O artigo demonstra em fotografias e comentários técnicos, sobre alterações ocasionadas na raça FBM, que comprometem a funcionalidade da raça.
Foto 05 – Fotografia do cão Gigante da Jaguara, em uma exposição do Clube Mineiro dos Criadores de Fila Brasileiro, em 1977, no Parque da Gameleira, Belo Horizonte, MG.
Exemplar resultante de seleção, a partir de criação de fazenda da década de 1950, de mesma origem do cão Lorde de José Gomes. No Padrão OFB, este cão é citado como bom exemplo de OFB. Robusto, apresenta cabeça bastante molossoide, e morfologia que pode ser considerada exemplar.
Foto 06 – Fotografia de cabeça de um OFB, utilizada como ilustração de capa do livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original” editado na década de 1990. Tomada como base a partir de estudos dos cães considerados melhores exemplares até à época, em exposições caninas.
Observa-se as proporções entre crânio e focinho (comprimento) e focinho e profundidade dos lábios, em harmonia que permite forte mordedura, sem o comprometimento da dentição.
Foto 07 – Fotografia de cão resgatado em fazenda, proximidades de Conselheiro Lafaiete, MG, meados da década de 1990. Cão de ossatura robusta, original, apresentando bom exemplo de morfologia para um cão boiadeiro.
Foto 08 – Fotografia de cão tigrado, de nome Dragão, em fazenda do município de Elói Mendes, em 2013, ocasião em que se traçava as linhas do texto do Padrão OFB. Os cães viviam em matilha de cerca de 10 animais.
Segundo informes da família, seria descendente direto da antiga criação de José Gomes, proprietário do cão Lorde aqui mostrado. Após cerca de 80 anos de criação, a partir dos aborígenes de José Gomes (de 1930), o porte da linhagem aumentou, sem perder o perfil funcional.
Foto 09 – A fêmea Lindinha, encontrada em expedição na região de Entre Rios de Minas, em 2014, em idade de 08 anos. Perfeito exemplar, como exemplo de fêmea original.
Foto 10 – Exemplo de cão jovem do tipo ideal, buscado para o resgate da raça original, atlético, robusto, de pernas e tórax de boa proporção, cabeça forte e típica.
A seleção é uma palavra presente em qualquer criação, especialmente se preservacionista. A estrutura funcional deve ser mantida, através de estudos e cientificidade.
O trabalho no campo realizado com os antepassados, permitiu a seleção de um padrão funcional, ainda que em condições de rusticidade e pouca alimentação. Com as boas condições de alimentação e sanitárias, que se pode oferecer atualmente, há que se cuidar para que não se desvie dos aspectos funcionais da morfologia. Observe-se a impressionante ossatura e a cabeça definidamente molossoide, em um animal jovem. As pernas grandes lhe garantirão a capacidade de longas jornadas, com excelente alcance de terreno.
A introdução de aborígenes tem objetivo de trazer vigor novo às criações tradicionais de padrão original, evitar consanguinidades estreitas na criação e nos planteis em formação.
"Seleção" em criação de animais tem o significado de se escolher entre os existentes, o que se considera melhor. Para se definir o conceito de melhor, é necessário que se estude, segundo os objetivos da criação, os mais funcionais.
No próximo post, vamos publicar o que deve ser considerado indesejável, para um OFB, seja por apresentar excessos, ou por insuficiência na classificação para um molosso boiadeiro.
Nossos posts tem objetivos didáticos e de formação técnica, assim como as postagens de nosso site, mais detalhadas para quem deseja conhecer melhor o projeto OFB.
Navegue em nosso site e conheça o PADRÃO ILUSTRADO OFB, integralmente, e tire suas dúvidas sobre a raça. Veja também diversos posts com imagens comparativas entre o desejável e o indesejável para a raça.
Veja também a lista dos 30 canis em todo o Brasil. Não se deixe enganar por grupos que se aproveitam do projeto OFB para comercializarem filhotes com nomes similares. Fique atento para o controle e seleção OFB.
Original Fila Brasileiro é só com pedigree SOBRACI.
9 de setembro
Continuando com nossos esclarecimentos sobre o projeto OFB, vamos verificar o que não é desejável, segundo o padrão estabelecido em 2013, e mais alguns itens desejáveis.
É interessante frisar que o grande objetivo é resgatar não só o tipo original – aqueles cães de 1950/60, mas manter os aspectos de funcionalidade da raça, que foram se perdendo com os processos modernos de seleção artificial.
Ao que parece e demonstra a história do FB, a criação de mitos e terminologias alienígenas à cinofilia cientifica, é algo de prática costumeira nos ambientes de criação e clubes.
E estes elementos sem base histórica ou cinófila, só contribuíram para fazer do FB o que ele é hoje em geral, embora algumas criações e mesmo alguns cães tenham escapado da seleção equivocada.
Exatamente os exemplares que podemos aproveitar para o resgate das origens da raça. O nome Original Fila Brasileiro se refere a nada mais nada menos, que o nosso FB antigo, vilipendiado pelos processos equivocados de seleção.
Tais processos podem ter tido início há décadas, mesmo em algumas fazendas, e como demonstramos no post anterior, o objetivo pode ter sido aumentar alguns aspectos na aparência dos animais, que se considerava de maior manifestação racial. Como o caso de maiores barbelas.
E com estas características, vieram outras que os clubes de criadores entenderam que seria um princípio “quanto mais melhor”.
Daí os possíveis acasalamentos com outras raças, que justifica por exemplo as grandes orelhas do Bloodhound no FBM.
Neste post vamos demonstrar alguns aspectos não desejáveis para a seleção do plantel OFB, e em outro seguinte iremos mostrar mais.
Foto 01 – Fêmea tigrada do tipo super toráxica. O comprometimento da funcionalidade se faz pela menor capacidade de movimentação – agilidade e cobertura de terreno.
Pernas relativamente curtas e tórax volumoso, do tipo que os clubes FBM entenderam ao longo do tempo que seria algo positivo.
A imagem dispensa muitos comentários e serve de base de análise comparativa com os cães que vem obtendo premiação nas exposições FBM, especialmente desde o final de década de 1990.
Foto 02 – Fotografia utilizada como exemplo do indesejável, no PADRÃO ILUSTRADO OFB.
No caso, o animal apresenta figura quadrada, contrariando o consenso geral sobre a proporcionalidade entre comprimento e altura para a raça FB, desde a elaboração do primeiro padrão da raça, ou seja, das primeiras observações sobre os aborígenes que chegavam das fazendas aproximadamente em 1945.
Importante deixar claro aqui, que não estamos nos referindo ao fato do animal apresentar pelagem negra.
Durante décadas a grande maioria dos criadores sérios, compromissados com a raça, acreditaram no que hoje se entende ser uma falácia, de que “todo Fila preto é mestiço”.
Isso se deveu a um dos mitos criados, possivelmente com objetivos comerciais. Como também haviam com Filas atípicos de todas as pelagens.
As denúncias de mestiçagem a partir de 1979, embora com algum fundamento, tomaram força de Fack News através de personalidades polêmicas, tendo sido usadas para prejudicar pessoas e criatórios, ao mesmo tempo valorizar os que hoje se engajaram na onda do FBM.
Descobriu-se recentemente através do site Dogue Family, que cães da base dos disseminadores das Fack News do Fila preto, teriam em seus genes o Fila Preto.
Vergonhosamente, durante anos faltou-se com a verdade, enganando-se pessoas sérias e comprometidas com a raça.
Um dos maiores ícones do chamado Fila Puro, Aladim da Fazenda Poço Vermelho, seria neto de uma fêmea Fila Preto.
Foto 03 – Trata-se de uma fotografia de um Dog Alemão de orelhas ao natural.
No texto do padrão OFB, chamamos a atenção para o fato de que, embora este seja um excelente exemplar para a raça Dog Alemão, do ponto de vista morfológico, não apresenta uma estrutura desejável para um FB original, ou OFB.
Um molosso com as características de nosso OFB não deve ter pescoço tão longo, e especialmente em desalinho com o dorso. A postura do corpo do Dogue Alemão, determina uma postura própria para o pescoço, e sendo um animal mais longilíneo é harmônico para o tipo, o pescoço longo.
Foto 04 – Mesmo um cão de trabalho OFB magro, demonstra claramente que as posturas do corpo, da linha dorsal e do pescoço, são diferentes do Dogue Alemão.
Observa-se também ossatura compacta, pernas mais fortes, assim como dedos e almofada plantar grande. Requisitos funcionais para um cão que deve cobrir grandes espaços de terreno no seu dia a dia.
Foto 05 – Desenho que demonstra a diferença entre os crânios de um Dogue Alemão e de um OFB.
No caso do OFB a vista de cima da cabeça, mostra um aspecto periforme, que foi esquecido pelos criadores de FBM. No processo de alterar o padrão antigo, criou-se outro tipo de cabeça, distante do original.
Visto que estranham a cabeça de cães originais, nada entendendo.
Foto 06 – Detalhe da cabeça de um cão da raça Dogue Alemão. Muito importante não se confundir com o OFB.
Algumas pessoas tem nos enviado fotos de cães assemelhados ao nosso OFB, porém por vezes não se atentam para o detalhe de não se mostrarem em formato de pera.
Foto 07 – Foto em detalhe da cabeça de um FBM, nos moldes mais propalados como Fila Puro atualmente, demonstrando grande distância dos originais e proximidade com o Bloodhound.
Foto 08 – Cabeça típica de um cão de padrão original ou OFB.
Foto 09 – Também de outro cão OFB, com posição de vista diferente.
Foto 10 – Fotografia antiga da década de 1970, de cão original de linhagem antiga (Lord de Vaginha), absolutamente diversa dos FBM e compatível com o OFB.
11 de setembro
Prezados seguidores de nossa página!
Pequenos acontecimentos em nossa página, requerem um reparo informativo, com finalidade de explicar algum possível desvio de conduta de alguns poucos seguidores, de forma a alterar a tranquilidade de nosso ambiente.
Iniciamos nosso trabalho com a criação deste projeto, com objetivo de resgatar o padrão fenotípico visual e as habilidades funcionais do nosso patrimônio nacional, o Original Fila Brasileiro, em 2012.
Desde o ano de 2014 iniciamos com publicações esclarecedoras sobre as alterações que alguns clubes e criadores do Fila Brasileiro, vem ocasionando à raça, seja com intuito de tentar melhorá-la ou aprimorá-la.
Infelizmente a realidade e a verdade vem sendo negadas por alguns há décadas, embora avisos e alertas tenham sido divulgados ao longo do tempo sobre esta situação. O que não evitou a modernização da raça FB.
A atitude de um grupo de criadores, de separar em raças diferentes o FBM do OFB, com intuito de preservar o original, decorre da incapacidade da parte dos criadores do moderno, em dialogar e rever a situação a que vem submetendo a raça.
Nos espaços de comunicação do FB tradicional como dizem, ou FBM, qualquer questionamento sobre as alterações no padrão dos cães ou tentativa de diálogo, são motivos de repressão e exclusão das pessoas do sistema.
Por isso, criamos nosso espaço de comunicação independente e fizemos do mesmo, um espaço democrático, aberto ao diálogo.
No entanto temos sido alvo com alguma frequência, de atitudes desrespeitosas, algumas vezes faltosas com a verdade, procurando disseminar discórdia e dúvidas.
Nossas atitudes relativamente à preservação do OFB, tem se limitado a esclarecer de forma clara e transparente as diferenças entre os padrões, para tanto utilizando fotos e fatos de forma incontestável.
Deixamos claro que adotamos o padrão racial, conforme os julgamentos orientados pelo juiz e maior promotor da raça, Paulo Santos Cruz.
Ao contrário, representantes do chamado Fila Puro afirmaram e divulgaram publicamente que os julgamentos orientados pessoalmente pelo “pai da raça” Paulo Santos Cruz, se constituíram em “graves erros conceituais”.
O silencio de todos os juízes do Fila Puro, endossa a opinião.
Porque então, eles que confessadamente consideram que o padrão orientado por PSC é ultrapassado, se incomodam tanto com o projeto OFB?
Já que não se interessam mais por estes cães, porque nos incomodam tanto?
Nossos artigos atingem tanto assim as estruturas destes criadores?
Ou o crescimento bem estruturado do projeto OFB incomoda?
Em ataques mais recentes ao projeto OFB, pessoas ligadas ao Fila Puro ou FBM, argumentam que nosso projeto utiliza alguns exemplares provenientes de criações ou canis deles.
Em nenhum momento de nosso projeto, demonstramos preconceito com criações de Fila Brasileiro de qualquer origem, mas apenas descartamos cães que representam o padrão moderno, podendo aproveitar o pouco que ainda resta de cães preservados, de origens diversas.
Estes cães estão sendo utilizados em acasalamento com outros, que denominamos aborígenes, com objetivo de revigorar o plantel em formação, trazendo para dentro da criação OFB, instintos e habilidades físicas e mentais que podem estar se perdendo com a criação de canil ao longo de décadas.
Este programa, nada mais é do que o mesmo programa traçado em 1978, pela antiga Comissão de Aprimoramento do Fila Brasileiro. Programa também abandonado, pelos que consideram os julgamentos de PSC, como “graves erros conceituais”.
Interessante que a prática de aproveitamento do que ainda é aproveitável, na concepção de cada um, é utilizada às escondidas, pelos que nos criticam.
Praticamente todo o plantel de FBM, denominado de Fila Puro, é proveniente da antiga BKC ou da CBKC que acusam de proteger a mestiçagem na raça.
Os mesmos cães com genética de Fila Preto, que nas mãos de outros são mestiços, são Fila Puro, dependendo de quem os cria.
Porque teríamos a obrigação de ocultar fatos?
Ultimamente estão utilizando perfis falsos para adentrar nosso ambiente digital, e nos atacar com mais falta de verdade, com mais desinformação para confundir pessoas.
Nosso ambiente no Facebook é democrático, evitamos boquear pessoas, procuramos dialogar, receber críticas, ver o lado construtivo de cada opinião. Estamos estudando a raça em questão, e procuramos não nos posicionar com a arrogância de quem já sabe tudo.
Mas o desrespeito e a calunia são atitudes destrutivas e inaceitáveis.
Pedimos encarecidamente aos que não conhecem respeito, e praticam atitudes destrutivas que se retirem de nossos ambientes. Fiquem à vontade onde lhes cabe, e lá que nos ataquem, mas não em nossa “casa”, por favor.
Nossa caravana segue em paz.
Para os que se interessam em saber com mais detalhes sobre as diferenças entre os OFB e os FBM, procurem nosso site, que é um espaço privado, onde nos damos direito à liberdade de demonstrar com todas as provas documentais e fotográficas nossas denúncias de que o FB foi alterado e prejudicado.
Algumas de nossas postagens:
- O Padrão OFB. (Ilustrado).
- Alterações na raça Fila Brasileiro ao longo do tempo.
- Temperamento, comportamento, instinto, condicionamento, nervos e coragem.
- A cor ou a morfologia no Fila, o que é mais importante?
- Como distinguir um filhote de um Fila original de um filhote de Fila moderno?
- Os críticos da obra feita – equívocos dos modernistas e o aborígene de PCS.
- Refresco na memória – inúmeras fotografias desde a década de 1940.
- Vídeo, Fila Brasileiro, o cão boiadeiro.
- Premiação da fêmea Elba II de Jawa – nossos parabéns.
- Original X Moderno – acompanhe este comparativo.
E outros mais!
Foto 01 - Cão original - Manual do Amador de Cães, texto de Eurico Santos, 1935, cão intitulado “Cabeçudo ou Onceiro”.
Foto 02 – Cão original aborígene – Projeto Original Fila Brasileiro, 2020 – 85 anos depois, o padrão em resgate.
18 de setembro
Ao publicarmos nosso último post no Facebook originalfilabr, recebemos uma interessante mensagem de um possível criador, ou aficionado da raça Fila Brasileiro, com os seguintes dizeres:
“Fila não é mais o cão da foto". (referindo-se ao cão citado por Eurico Santos em 1935 em comparação a um aborígene do projeto OFB/2020).
E continua: “O padrão hoje é o moderno CBKC (não “derretendo” de pele ou com orelhas de bloodhound). Esta história de dizer que o antigo é o fila verdadeiro não cola. O inconsciente coletivo nem tem como fila esse cachorro da foto, que mais parece um srd. Ninguém sabe da origem dos velhos cães de fazenda que Paulo Cruz quis assentar como fila. O fila brasileiro é um cão fabricado mesmo, e tal fabricação, mistura de raças, deu neste padrão atual CBKC (desde que não trazendo características marcantes das raças utilizadas para criar o padrão, como grandes orelhas, excesso de pele, excesso de peso e tamanho etc). E claro, continuando a ser um cão de guarda.”
O interlocutor imaginou que da parte do OFB fôssemos reagir de forma desagradável com sua intervenção ou opinião.
Respondemos imediatamente que respeitamos as opiniões e também a CBKC. A CBKC alterou o texto do padrão da raça várias vezes ao longo de décadas, adequando o texto às alterações pelas quais a raça vinha sendo objeto. Uma atitude transparente, embora com nossa discordância.
Voltando aos fatos, a intervenção é tão interessante que merece uma análise.
Ele afirma que o “fila não é mais o cão da foto”, e ao final de sua colocação deixa entrever: “e claro, continuando a ser um cão de guarda”.
Ou seja, ele admite que ele existiu e sempre foi um cão de guarda. Mas afirma que as pessoas não sabem mais o que é o cão aborígene, pois já o perderam da memória (inconsciente coletivo). E ao verem estes cães o consideram um srd.
Para nós a análise é perfeita. Esta foi a reação das pessoas nos primeiros momentos de nosso trabalho e projeto. Estes cães já estavam esquecidos, o que também prova que a raça foi alterada a partir dos originais cães de fazenda.
Ele também afirma que ninguém sabe da origem dos velhos cães de fazenda que Paulo Cruz quis assentar como Fila.
Mais uma vez, o nosso interlocutor afirma da existência dos nossos velhos cães de fazenda. E afirma que os atuais cães de Fila são produtos da criação da CBKC, com utilização de mistura de raças. A honestidade é melhor que o negacionismo de alguns.
A intervenção de interlocutores como este nos deixam – ao contrário do que podem imaginar – muito confiantes em nosso trabalho de resgate da antiga raça. Fica cada dia mais confirmado que o que existe hoje é outra raça, forjada por cruzamentos, criada artificialmente: o Fila Moderno, como afirma.
Quanto a não se saber da origem dos velhos cães de fazenda, identificados pelo Brasil Kennel Clube nas décadas de 1940 e 1950, em parte é verdadeiro que não se sabe de suas origens, comprovadamente.
As antigas teorias de origem, na verdade hipóteses, citadas no livro de Procópio do Vale, de que o Fila Brasileiro seria proveniente:
De caldeamento de raças inglesas (PSC/Cafib), acasalamentos de cães coloniais com cães selvagens do Brasil (teoria Peltier), importação do cão de Fila de Terceira (João Batista Gomes), importação do “Dogue de Forte Race” (Procópio do Vale) por holandeses, e outras, não encontram qualquer fundamentação histórica relevante.
Tampouco encontram fundamentação fenotípica, quando comparamos os primeiros cães registrados em RI (1940/1950) com estas raças citadas, sejam puras ou cruzadas com nossos cães selvagens.
Nosso interlocutor certamente não conhece o livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original” de 2018 e todo o trabalho que fundamenta o projeto OFB, com mais profundidade.
A questão toda no entorno deste debate se resume no conceito de raça. A modernidade só reconhece como raça pura, o que foi selecionado para as exposições, homogeneizado a partir dos cães de trabalho: os antigos cães pastores, caçadores ou cães de vaqueiros (boiadeiros).
No caso do nosso cão de Fila, a sua existência como raça já vem reconhecida desde 1813 no Brasil: “Cão grande e bravo”, denominado “Cão de Filhar”(sic).
O documento refere-se ao ano de 1813, afirmando: “cuja espécie é bem vulgar”, ou seja, em 1800 ele já era muito comum por aqui. Também ao que parece passou despercebido para os teóricos da origem, que o dicionarista conceituava o Fila entre “os cães luso brasileiros”, já denunciando sua origem remota.
E pegando-se o “Livro da Montaria” de D. João I, pode-se ver que o Alão português já era objeto de criação e seleção pelo menos desde o ano de 1.200. Portanto, raça com finalidade e nomes definidos.
Então para os modernistas do Fila Brasileiro, raça é o que foi produzido por seleção artificial, em “laboratórios” caninos, ou seja os canis.
Perde-se a história, e o patrimônio genético em nome de um mercado estabelecido a partir de um conceito de raça, menos funcional e menos rustico, mais homogêneo.
Mas é uma opção e nós devemos respeitar. Assim como esperamos que nos respeitem e respeitem a nossa opção de preservar o antigo.
Podemos concordar que o fato de um cão ser encontrado em uma fazenda, sem origem em cães com pedigree, não significa que obrigatoriamente ele seja um animal pronto para um programa de preservação. Ele deverá ser submetido a processos seletivos.
Aliás, a seleção em qualquer criação deve ser uma norma, já que não há seres perfeitos fora da natureza. A questão é qual seleção, qual direção ela deve obedecer.
Esta é uma questão que vem sendo debatida internamente no projeto OFB por seus criadores e fundadores.
Percebe-se que os processos seletivos anteriormente utilizados em canis e clubes de criação, não buscaram a preservação conjugada com conhecimentos cinófilos, técnicos. Isso visto pelos resultados que temos demonstrado nos posts de nosso site e no Facebook originalfilabr.
Buscaram muito mais construir um tipo novo, mais afeito a um mercado que já vinha sendo construído por conceitos importados da Europa e EUA, para raças molossóides, desde as décadas de 1950/1960.
De parte do OFB, a despeito de alguns criadores antigos na “cabeceira” do projeto, nos curvamos ao fato de que a raça Fila Brasileiro não foi devidamente estudada em sua origem e precisa ser mais pesquisada, antes que se decida sobre um padrão racial que represente a origem, sem perder os conhecimentos cinotécnicos.
Aspectos fundamentais como a funcionalidade, devem ser estudados procurando-se entender as mais importantes em suas origens, e as caraterísticas físicas e mentais necessárias para a preservação de suas habilidades.
Sabemos o que não devemos aceitar: animais paquidérmicos, supertipados, lerdos e incapazes de exercerem funções mais básicas, como correr com desenvoltura, trotar em passos largos e resistir a grandes distancias. Ou animais portadores de defeitos físicos em geral, que a cinofilia reconhece para as raças de trabalho.
Como também não podemos aceitar animais débeis, frágeis, leves e de ossatura “leve”, que os distancia do conceito molossoide. Não há dúvidas de que nosso cão é um molosso, ou não teria o apelido de "cabeçudo".
Em 1944 a obra "Vocabulário de Caça" de C. Ribeiro Lessa, identifica nossa raça com as palavras: "Cães de Fila - os que peiam (Filam) a caça. Os antigos davam-lhe o nome de Alão ou Molosso".
Não podemos dizer ao certo se a raça FB na sua concepção original, é descendente unicamente do grande Alão, ou se tem nela outros componentes ibéricos, já que alguns exemplares podem apresentar porte e pelagem assemelhados ao Cão de Gado Transmontano.
Da parte mental e nervosa, não podemos cometer o erro cometido com a seleção do FB, de torna-lo reativo, defensivo e inseguro, embora ameaçador. Para nós não basta que a raça seja apenas de alarme.
Testes estão sendo realizados, e outros mais estão sendo estruturados para se aplicar em filhotes, cães jovens e adultos que irão para a reprodução. Reunimos um grupo considerável de comportamentalistas caninos em nossos quadros de criadores e orientadores de criação.
Estamos buscando a ciência, e aliá-la ao conhecimento histórico da raça, aos acervos fotográficos de época disponíveis, para trilhar um caminho mais assertivo com nossos cães brasileiros.
Veja em nosso site, o post denominado “Refresco na Memória”, uma interessante coletânea de fotografias antigas sobre a raça.
Basta acessar www.npofb.com.br / Postagens.
Rolando nossa página do facebook originalfilabr, pode-se ver também os vídeos com cães em trabalho, em testes de guarda e também de lida boiadeira.
Este é um projeto de resgate de uma raça de trabalho e funcional.
01 – Recorte do livro Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original, em que se percebe a origem da raça e sua existência antiga.
02 – Recorte idem, com definição de nosso cão de Fila, segundo a função, como era o conceito de raça antigo. Os recortes se referem a obras do ano de 1813.
03 – Fotografia de cão português, Alão, do acervo de Antônio Ferreira e André Oliveira, Portugal, cedida para o livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original”.
04 – Cães aborígenes fotografados na década de 1970 em fazenda do Sul de Minas Gerais, pelo pesquisador e juiz da raça FB, Paulo Augusto Monteiro de Moura.
05 – Cão aborígene fotografado pelo mesmo pesquisador igualmente, em fazenda do Sul de Minas Gerais.
06 - Cão de padrão original Clube Mineiro dos Criadores de Fila Brasileiro, década de 1970. Bem alimentados por algumas gerações, não foi necessário a introdução de outras raças, para que adquirissem a exuberância.
07 - Resgatar uma raça significa resgatar também a aptidão ao trabalho. Em foto de 1980, mostramos o cão Galã da fazenda de Juca de Luizinho, Malacacheta, MG, cão de 72 kg em agarre ao boi bravio. Quando necessário, a coragem tem que estar presente, embora em situações de normalidade o convívio com o gado é pacifico.
22 de setembro
O conceito de Temperamento Enérgico.
O projeto Original Fila Brasileiro constitui-se em uma proposta de resgate de uma raça, corpo e mente, na sua versão original e funcional.
Quando se pensa em raça, não é possível desprezar a morfologia, assim como o que se denomina “expressão racial”.
No entanto sabemos perfeitamente que esta parte significa apenas 50% da raça, especialmente quando se trata de uma raça de trabalho e não simplesmente raça de shows cinófilos.
Os outros 50 % da raça podem se perder ao longo de anos e gerações de seleção artificial, nos “laboratórios” dos canis urbanos, sem o contato com o trabalho e as funções que forjaram a raça.
Portanto para que haja este resgate proposto, é necessário que se considere formas de testar os cães em trabalho, seja com métodos urbanos de adestramento para provas de guarda e similares, seja em testes rurais em fazendas no contato com gado bovino.
Os testes colocarão à prova a aptidão ao trabalho, revelando nos animais qualidades que são intrínsecas das atividades a que se destinam ou de onde se originam.
A base para todo cão de trabalho está em uma morfologia que lhe permita a execução fisicamente da função, conjugada com um sistema nervoso de elevado limiar. Ou seja cães de boa estrutura óssea e muscular e de pouca sensibilidade nervosa, bom equilíbrio entre a capacidade de agressão e não agressão.
No livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original”, versão de 1990, define-se o temperamento ideal como “Temperamento Enérgico”. O temperamento que permite a ação na medida exata da necessidade.
Havendo necessidade, o cão pode demonstrar sua força e capacidade de agredir, porém de forma comedida na medida da necessidade. Não havendo necessidade de uso de força, o cão deve permanecer tranquilo nos ambientes onde estiver.
Esta característica deve se apresentar seja em ambientes urbanos ou nos ambientes de trabalho no campo.
Equivocadamente os criadores de Fila moderno, ou Fila Puro, selecionaram seus cães para o desequilíbrio, acreditando que cães ameaçadores e agressivos/descontrolados sejam cães de bom temperamento.
O que Jairo Teixeira denomina de “cultura do cachorro bravo”. Ambientes da cinofilia adotaram o desconhecimento cinófilo popular, como norma de seleção racial.
O resgate da raça Original Fila Brasileiro nos levará a reconsiderar esta cultura, eliminá-la de nosso processo seletivo, retirando as manifestações excessivas de defesa e especialmente carregadas de sistemas nervoso frágeis.
Para tanto, não há outro caminho senão os testes. A morfologia deve vir acompanhada de testes de trabalho, do ponto de vista funcional físico e mental.
Neste post mostramos duas situações de cães OFB em fazendas: uma quando uma vaca se rebela com o comando do rebanho pelos cães, e outra em situação pacífica no curral, onde uma vaca parida de novo, aceita bem a presença do cão.
Reações equilibradas revelam cães de temperamento enérgico, sem excessos e sem medo, usando a agressão na medida apenas do necessário, ou descansando tranquilamente próximo aos animais da fazenda, quando não há necessidade de agir.
Importante chamar a atenção que cães boiadeiros devem saber distinguir momentos em que há necessidade de agarre, de momentos em que se deseja apenas colocar ordem no curral.
Por isso é também importante que os selecionadores do OFB considerem o risco de se exagerar no drive de caça, já que a caça é prazerosa (morder dá prazer) e os cães poderão perder o “temperamento enérgico”.
Exagerar nesta direção pode ser tão equivocado para um cão de trabalho com gado, quanto exagerar no drive de defesa para um cão de guarda.
Assista a dois vídeos curtos em situação de fazenda onde:
01 – Vê-se a ação correspondente às fotos deste post, com gado.
02 – Vê-se filhote em área rural em encontro com um equino no pasto – a eliminação da reatividade e o incremento de um temperamento seguro na linhagem (Canil JC - OFB).
Nossas publicações são de caráter didático e elucidativo.
Pedigree OFB somente proveniente do convenio OFB/SOBRACI – oriente-se.
Foto 01
Foto 01 - Mãe de alguns filhotes de macho aborígene do canil fazenda Apeú (PA). Já testada no trabalho da fazenda, antes de ser posta a reproduzir.
Foto 02
Foto 03
Fotos 02,03,04,05 – filhotes da fêmea acima, OFB de dois meses de idade. Seu futuro está traçado, para continuarem em testes como foi feito com os pais, continuando a seleção pelas gerações vindouras.
Foto 04
Foto 05
Fotos 06, 07, 08 – Sequencia onde se vê dois aborígenes em ação na fazenda Apeú, sendo o tigrado claro, pai dos filhotes neste post.
Foto 06
Foto 07
Foto 08
Foto 10
Foto 11
Fotos 10 e 11 – Cadela padrão original de linhagem tradicional, em descanso no curral, no convício pacífico com os animais na fazenda. Canil Boiadeiro do Jatobá, MG/OFB.
22 de setembro
Neste vídeo, o projeto OFB mostra a atividade no canil fazenda Apeú (PA), onde os cães OFB vem sendo testados para o trabalho.
O objetivo é verificar o temperamento e as aptidões físicas dos cães trazidos do interior, os chamados aborígenes.
O temperamento dos cães deve se mostrar equilibrado, com utilização de agressão no limite exato da necessidade para cada momento.
Não é finalidade do cão boiadeiro simplesmente atacar o gado a qualquer momento, sem motivação na função.
Temperamento Enérgico significa a capacidade de fazer uso da força e da coragem, dentro dos limites da necessidade funcional.
22 de setembro
Neste vídeo mostramos um filhote em situação de ambiente rural - do Canil JC, onde se pode ver a eliminação do temperamento reativo e defensivo na linhagem OFB.
O primeiro contato com o equino o deixa cauteloso, porém sem qualquer reação de medo.
O filhote se aproxima do equino, cheira, verifica do que se trata, conclui que o animal está tranquilo e segue investigando o terreno. A experssão corporal do filhote é de tranquilidade.
Filhote saudável e feliz, sem medo, se reatividade, sem a insegurança que tanto se selecionaou no FB moderno.
28 de setembro
O projeto OFB já conta com 30 criadores em todo o país, sendo que aguardam para abrir canil, mais outros inclusive no exterior.
A organização do Núcleo de Preservação do Original Fila Brasileiro vem cautelosamente analisando os pedidos de abertura de canil, com a responsabilidade de quem não quer crescer sob qualquer risco de cometer equívocos nos processos seletivos.
Com reduzido plantel de tipo original, e mais ainda com a raridade dos cães intocados pela seleção artificial, a raça não aguentaria mais uma investida de equívocos seletivos.
O projeto se iniciou com estudos de campo em 2012, elaborando seu padrão em 2013, portanto estando apenas com 08 (oito) anos de criação.
Seu plantel vem crescendo sob observação de estudiosos em comportamento canino, especialistas e técnicos formados pelos melhores ambientes mundiais da área.
O incômodo que vem causando aos criadores de FBM é sintomático. Nosso crescimento é sólido, sob bases da ciência que foi negada pelos modernistas tradicionais.
Algumas tentativas de dar combate ao projeto OFB procuram utilizar-se do nome de Paulo Santos Cruz – na verdade apropriar-se – como se ele fosse responsável pela modernização da raça.
E para piorar, na tentativa de desinformar, nos acusam de estarmos tentando enganar os mais de 10.000 seguidores do nosso projeto (como se todos fossem incapazes de julgamento próprio).
Pena que sempre que tentamos publicar artigos de PSC neste Facebook, a página foi atacada rapidamente com exigências de retirada da verdade do ar.
As pessoas que desejarem não ser confundidas, que procuram a verdade, podem visitar nosso site e comprovar o que temos dito, com fatos e fotos.
Para clarear a mente dos que ainda acreditam na narrativa que procura justificar o Fila Moderno, vamos publicar uma sequência de artigos elucidativos, utilizando dados do Boletin O Fila.
Vamos demonstrando como sempre que OFB é inegavelmente o cão de PSC, o cão que originou a luta pela preservação do nosso patrimônio genético contra a mestiçagem na raça FB.
Visite nosso site veja uma publicação recente, que comprova nossa proposta, nossas palavras, e a realidade que se estampa nos ambientes do FB.
Esperamos que os modernistas também nos visitem lá. A verdade os libertará.
Na postagem de nosso site, mostramos fotos de cães negados como da raça Fila Brasileiro, comparativamente com fotos do cão Forasteiro da Fazenda Poço Vermelho, premiados sob orientação do mestre PSC.
E estamos dispostos a mostrar mais e mais. Vocês não verão uma só fotografia de Fila Moderno, premiado nos Boletins O Fila. Mas verão inúmeros OFB.
Para entender porque são duas raças em separado, entre no youtube e veja a excelente explanação do grande especialista em Pastor Alemão, Max Macedo, sobre as duas raças: Pastor Alemão de Trabalho e Pastor Alemão de exposição.
Sim senhores, exatamente ele afirma que são duas raças em separado, devido ao tempo em que são selecionadas de forma diversa.
Depois de tantas gerações as linhagens se separam em raças. Sem novidade para a cinofilia. Só não entende quem é muito leigo em cinofilia.
As raças se separam em Raça de Conformação e Raça de trabalho.
Atenção: existe trabalho científico demonstrando que no Pastor Alemão as duas raças já apresentam genomas diferentes. Assista aqui.
No nosso caso não temos trabalho de DNA que identifique as duas raças OFB e FBM como raças diferentes, porém as imagens e morfologias já nos induzem a entender assim.
Por isso, não se justifica tanto sofrimento da parte dos criadores de FBM com nosso trabalho. Eles optaram por um caminho e nós por outro: o cão de trabalho.
Os cães das fotografias que seguem neste post Facebook, são, nas palavras dos modernistas, mestiços.
As imagens das cabeças de dois OFB, lembram que não se trata de FBM e sim de outra raça, o OFB. Cada um que crie a raça que lhe agradar. Sem sofrer!
Comprovem a desinformação da parte dos assustados criadores de FBM nas publicações acerca o Boletin O Fila!
E atenção: Pedigree OFB somente tem validade se emitido pelo convênio SOBRACI.
1 de outubro
A Verdade Liberta 01.
Reagindo às tentativas de desinformar criadores e aficionados do OFB e outros criadores que ainda não entenderam nossa proposta, estamos lançando uma pequena série intitulada “A Verdade Liberta”.
Na sequência de nossas publicações em nosso site, vamos destacar dentro da série, a realidade dos julgamentos orientados diretamente por Paulo Santos Cruz com fotografias e textos de época.
Na publicação da semana, vamos divulgar uma premiação “Medalha de Ouro”, o que significava para Paulo Santos Cruz o cão ideal.
Visitando nosso site, vocês verão as fotos de Dendê da Fazenda Malota (Maio de 1982) e Iurá (Boletin de 1980), cães premiados como melhor de exposição em Exposições Nacionais, em julgamento por Paulo Santos Cruz, tendo acompanhamento do respeitado juiz Américo Cardoso dos Santos.
Ambos cães classificados como “Muito Bom”, e “Ótimo” pelo mestre e seu discípulo.
Aqui em nosso Facebook originalfilabr, divulgamos imagens/modelos de cães que chamamos modernos, resultado de seleção programada pelo CBKC, que vem alterando os textos de padrão racial em décadas, adaptando seus cães a épocas modernas.
Trabalho de seleção artificial realizado com transparência!
A primeira imagem se refere a padrão CBKC mais aplicado nas décadas 2.000/2015. Ainda praticado por criadores modernos, mas com tendência de seguir a evolução de padrão proposto pela entidade.
A segunda imagem se refere a novo padrão divulgado com texto de 2016, demonstrando que estudos levam a CBKC a um padrão mais harmonioso – em nossa opinião e possivelmente da entidade – afastando-se do tipo “pesadão”, de décadas anteriores.
Em nossa publicação do site você poderá ver que a tendência de apresentar o FB como um cão menos “pesadão”, pode estar também sendo seguida por entidades especializadas que se dizem proprietárias do Fila Puro.
Fotografias são documentos inegáveis de época, por isso há uma tentativa de se ocultar o passado em alguns casos. Nosso site vem colocando os “pingos nos i”, para que não pairem dúvidas sobre nosso trabalho.
A terceira imagem aqui postada, se refere a cão de padrão OFB atual, preservado.
Em nosso site você verá esta imagem em comparação com o cão “Medalha de Ouro” padrão PSC, podendo concluir que não estamos “inventando moda”, mas apenas preservando o padrão original. Veja aqui
Imagem 01
Imagem 02
Imagem 03
5 de outubro
A verdade Liberta 03
Continuando com nosso trabalho no sentido de combater a desinformação, a respeito de nosso trabalho e igualmente comprovando que alterações na morfologia – sem falar no temperamento e sistema nervoso – do Fila Brasileiro são realidades, vamos abordar uma das dúvidas de muitos que nos procuram para se informar.
Recentemente um seguidor deste Facebook, nos perguntou com muita pertinência, se o projeto OFB daria preferência por exemplo ao cão premiado com “Medalha de Ouro” por PSC, Dendê da Fazenda Malota (veja postagem da semana passada no nosso site) ou ao cão muito conhecido como Lord de Varginha. A resposta do projeto OFB é simples.
Reconhecemos tanto um cão como outro, como cães de origem, de padrão original, embora o cão Lord (na fotografia muito idoso), apresentasse em sua morfologia, um tipo mais encorpado.
As alterações nos FBM não se limitam a simplesmente aumento de massa corporal. De uma forma geral, eles se distanciam do que PSC ensinou e a cinofilia em geral ensina, relativamente a diversos aspectos.
No aspecto “expressão racial”, há evidente alteração com o aumento de rima labial, alteração no tamanho das orelhas e na posição dos ouvidos (ouvidos de implantação baixa), inclusive levando ao risco de entrada de água quando os animais entram em alagados.
Rugas de expressão, “saíram do lugar”, mudando toda a expressão racial original.
No aspecto da estrutura óssea, da posição do conjunto ósseo relativamente a angulações e aprumos, muita coisa foi alterada, prejudicando a movimentação original dos cães.
Estas alterações são pelo projeto OFB descartadas, por motivo de falta de funcionalidade ou por se tornarem em adornos desnecessários – que no exagero acabarão por comprometer a funcionalidade.
Vamos postar aqui algumas fotografias de cães originais, inclusive a do cão Lord, e levaremos para o nosso site as comparações, para que aqui não venham a afetar orgulho e vaidade de donos de canis e clubes, já que no site estamos em território privado.
As fotografias postadas aqui, demonstram uma clara diversidade tipológica dentro da raça, porém não uma diversidade morfológica no sentido funcional, como demonstramos em nosso site.
Tal diversidade permite também uma diversidade funcional, que torna o cão de trabalho bastante eclético. Porem as alterações impostas pela seleção artificial moderna, torna a raça limitada do ponto de vista funcional.
Nas comparações, nossos seguidores (contra ou a favor), podem observar as diferenças e reconhecer que temos razão em nossas colocações técnicas.
O projeto OFB não é um clube de pessoas ou clube social. Somos uma organização que busca a visão técnica da cinofilia, descartando mitos, ilusões e fantasias.
Aqui segue uma sequência de fotos, que em nosso site serão usadas de forma comparativa com cães FBM, com finalidade didática:
02 – Detalhe de cabeça do mesmo cão. Observe o paralelismo do focinho.
03 – Cão jovem de padrão original de preferência de PSC na década de 1980, comprovadamente pelos Boletin O Fila. (Provas também em nossa publicação anterior do site).
04 – Cão de nome Leãozinho do Aquenta Sol, muito premiado como Fila Puro na década de 1980.
05 – Cão aborígene, sem registro, como muitos encontrados no passado e ainda hoje em fazendas, embora com alguma raridade.
06 – Detalhe da cabeça do mesmo. Observe-se o tamanho e formato dos lábios, com perfeito paralelismo ao osso nasal.
07 – Cão reprodutor em época atual, do projeto OFB, considerado de bom tipo e boa morfologia, com equilíbrio estrutural.
08 – Detalhe de cabeça do mesmo cão, com demonstração clara do que se denomina "expressão racial”, algo que se perdeu grandemente no plantel FBM. Com a mudança deste elemento, passam a se distanciar enquanto raças, OFB e FBM.
Entre no link de nosso site e vá diretamente nas considerações sobre o comparativo entre as duas opções de criação:
https://www.npofb.com.br/postagens/boletim/boletin-pt-3
Nossas publicações são de cunho exclusivamente didático e elucidativas.
E lembrem-se, pedigree OFB somente pelo convenio com a SOBRACI.
01 – Lord de Varginha, aproximadamente com 12 anos de idade. (Fotografia cedida por Paulo Augusto Monteiro de Moura ao autor do livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original - edição 1990).
02 – Detalhe de cabeça do mesmo cão. Observe o paralelismo do focinho.
03 – Cão jovem de padrão original de preferência de PSC na década de 1980, comprovadamente pelos Boletin O Fila. (Provas também em nossa publicação anterior do site).
04 – Cão de nome Leãozinho do Aquenta Sol, muito premiado como Fila Puro na década de 1980.
05 – Cão aborígene, sem registro, como muitos encontrados no passado e ainda hoje em fazendas, embora com alguma raridade.
06 – Detalhe da cabeça do mesmo. Observe-se o tamanho e formato dos lábios, com perfeito paralelismo ao osso nasal.
07 – Cão reprodutor em época atual, do projeto OFB, considerado de bom tipo e boa morfologia, com equilíbrio estrutural.
08 – Detalhe de cabeça do mesmo cão, com demonstração clara do que se denomina "expressão racial”, algo que se perdeu grandemente no plantel FBM. Com a mudança deste elemento, passam a se distanciar enquanto raças, OFB e FBM.
8 de outubro
A verdade 04 /dorso.
Estrutura funcional e “linha de dorso”.
Continuando nossa “conversa” com nossos seguidores, ainda na sequencia de esclarecimentos sobre o que nos interessa preservar e o que deve ser descartado, apresentamos alguns exemplos.
Importante entender com as postagens anteriores, que estamos muito menos preocupados com detalhes raciais, no sentido de tentar dar uma homogeneidade ao plantel, do que em selecionar aspectos saudáveis e funcionais – que é o nosso foco.
Por isso explicamos aqui, que reconhecemos a originalidade de cães como o Lord de Varginha e ao mesmo tempo cães como o premiado Forasteiro da Fazenda Poço Vermelho, apresentado anteriormente neste Facebook.
O que fará a diferença no plantel, na escolha dos reprodutores para quando o plantel alcançar uma população razoável, é o processo de pressão seletiva a que os animais serão submetidos.
No momento, estamos considerando a viabilidade funcional perceptível na morfologia e as caraterísticas identificadas mais originariamente na raça.
A escolha por determinada morfologia pressupõe habilidades físicas. Os testes futuros nos responderão entre estes exemplares pré-selecionados, quais são os melhores, mais fortes, resistentes e ágeis. Além do que, os que terão o melhor sistema nervoso e coragem.
Nesta publicação, algumas fotografias de cães que consideramos de boa qualidade, em termos de morfologia.
Chamamos a atenção para o fato de que já temos descendentes de todos estes, em até 4 gerações, com bons resultados do ponto de vista racial do OFB.
Visitando nosso site, você verá em situação de comparação, cães premiados em exposições FBM, a linha de dorso e tipo estrutural considerados passíveis de premiações.
Por outro lado, fotografia de fêmea premiada em exposição de 1981, publicada no Boletim O Fila, nos mostra claramente o conceito OFB dos julgamentos de PSC. A estrutura em geral, e em particular a “linha de dorso” pode ser observada.
Fica perfeitamente claro a que se refere o conceito de raça FBM, e o conceito que os comunicólogos do Fila Puro denominam de “graves erros conceituais”, nos julgamento orientados por PSC.
O projeto OFB tem a missão de resgatar o tipo original e funcional da raça FB, que separa em raça à parte com a finalidade de promover a seleção especializada.
Respeitamos as opções de criação, e não nos cabe condenar quem quer que queira adentrar um mercado moderno. Apenas não podemos aceitar o negacionismo, como se não houvessem alterações de grande importância na raça FB.
Apenas nos damos ao direito de apresentar a verdade com argumentos cinotécnicos, para que as pessoas façam sua escolha de criação, de forma consciente.
Também reconhecemos que após o início do projeto OFB, com as denúncias desde 2014 em nosso Facebook, alguns criadores e mesmo alguns juízes, vem procurando readequar seus planteis e julgamentos.
Deixamos claro que nos enaltece e alegra, vendo a possibilidade de que o plantel FB se redirecione para suas origens.
A primeira fotografia aqui se refere a uma fêmea aborígene de antigo plantel da região de Governador Valadares, atualmente com 5 anos de idade.
A segunda fotografia é de uma fêmea que deu início a algumas genealogias do plantel OFB, de origem antiga com pedigree, consanguínea, que teve interação com linhagens aborígenes com ótimos resultados. Foi encaminhada ao Canil Puri Moreno em 2012.
A terceira fotografia se refere a uma fêmea registrada desde o início do projeto, que também vem contribuindo com a genealogia do plantel OFB, Malu do Martalice, com diversos descendentes de ótimo temperamento e morfologia funcional no projeto OFB.
A quarta fotografia trata-se do cão Zabelê II do Caramonã, anteriormente descartado na criação de FBM, a aproveitado pelo especialista em comportamento canino, Marcelo Castro, com grandes elogios na parte comportamental e de sistema nervoso. Foi utilizado desde o início do projeto OFB, em 2014.
A quinta fotografia, refere-se ao cão Barão do Puri Moreno, resgatado em fazenda ainda filhote em 2013 e registrado em RI. Como reprodutor, tem produzido fielmente filhotes com fenótipo superior.
Com base em cães como estes, o projeto OFB já atinge 30 criadores em todo o Brasil.
Nossas publicações são exclusivamente didáticas e com finalidade de esclarecimento sobre conceitos de raça.
Foto 01
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Foto 04
Foto 05
16 de outubro
O conceito tradicional/original de cabeça orientado para o OFB e o conceito moderno de Fila Cabeçudo.
Neste tópico em que buscamos libertar da desinformação, as pessoas que nos seguem – e sabemos que somos seguidos por muitos que nos criticam sem coerência - vamos abordar o que se denomina de “cachorro cabeçudo” desde os primórdios da “descoberta” da raça Fila Brasileiro.
Ao mesmo tempo, em nosso site vamos demonstrando como sempre, o que os modernistas denominam de “cachorro cabeçudo”, modernamente. Para eles, o padrão antigo é conceitualmente errado.
A caravana OFB passa e segue seu caminho com a certeza de que resgata o tipo antigo, abandonado por grande parte da cinofilia oficial.
Durante anos, diversos alertas foram feitos a criadores e clubes, chamando a atenção para fatos que comprovadamente aconteciam, com transformações no fenótipo, morfologia e comportamento dos cães da raça FB.
Durante anos, nada ou pouco se fez para reparar erros e equívocos. Somente agora, diante da “ameaça” do crescimento do projeto OFB a cinofilia de clubes se move na direção de, em primeiro lugar nos atacar e em segundo lugar já tentando mudar o conceito das premiações.
Parabéns para nós, e também para os que alertados procuram corrigir rumos.
Mesmo aqueles que buscam a correção por motivos unicamente comerciais – porque descobriram que OFB pode se tornar em um novo mercado - ainda assim podem contribuir para o resgate da raça.
Da parte dos criadores fundadores do projeto OFB, nunca saímos do lugar que estamos agora, mesmo quando o mercado não nos quis, mesmo quando o mercado desdenhava daqueles cães de fazenda, diferentes dos campeões.
Verifique nas fotos aqui apresentadas, o que é o conceito de cabeça OFB.
E veja o conceito de “cabeçudo” para o FBM, e porque os comunicólogos do Fila Puro não conseguem reconhecer os originais.
Nossas publicações são de cunho educativo, elucidativo e de formação técnica.
Foto 01 - Na fotografia, em 2017, expedição OFB – o cão Snide, aborígene.
Momento em que o cão era identificado e resgatado para um dos centros de preservação do OFB, em Governador Valadares.
Foto 02 - Detalhe da cabeça do mesmo cão. Conceito antigo para o nome “cabeçudo”, que os antigos vaqueiros e fazendeiros davam ao Original Fila Brasileiro.
Foto 03 – Cão fotografado em expedição OFB na região de Sertão, MG, em 2018, onde se pode ver a similaridade do padrão de cães absolutamente sem a possibilidade de parentesco, residentes em regiões a mais de 700 km de distância, com nenhum intercâmbio racial.
Foto 04 – Imagem de cabeça do mesmo cão de Sertão, MG.
Foto 05 - O cão Tarzan do Martalice, resultado de interação de linhagem tradicional preservada, com cães de fazenda aborígenes.
Foto 06 – Detalhes da cabeça do mesmo cão, de conceito original de “cabeçudo”.
Foto 07 – Detalhe da cabeça com vista de frente, onde se pode ver o que se denomina “expressão racial”, muito claramente perceptível conceitualmente.
Foto 08 – Fêmea tipicamente OFB de padrão preservado, que está - assim como o pai de Tarzan do Martalice - nas bases da formação do plantel OFB, da parte de linhagem tradicional de padrão preservado.
Foto 09 – Detalhe de cabeça da mesma fêmea, Nambiguaçu do Caramonã.
Foto 10 – Fêmea baio claro, Lola do Caramonã – origem de linhagem tradicional preservada com cão aborígene (Fred da Fazenda Mirante).
Foto 11 – Detalhe de cabeça da mesma fêmea, com filhote.
28 de outubro
Prosseguindo ainda com a série “A Verdade Liberta” e com objetivo de combater a desinformação que procura prejudicar o trabalho de preservação do Original Fila Brasileiro, vamos demonstrar na publicação do nosso site a alteração realizada na angulação do “trem anterior” do Fila Brasileiro.
Em um recente vídeo, o adestrador Jairo Teixeira, em crítica bastante pertinente se refere ao fato do projeto OFB estar focado na morfologia para a preservação da raça.
Sabemos perfeitamente que uma raça de trabalho só será considerada de forma integral, quando seus criadores estiverem trabalhando a seleção sob os aspectos 50% morfologia e 50% mente.
Porque então um forte foco inicial para a preservação do OFB na morfologia?
Em primeiro lugar porque a morfologia define a capacidade física dos
animais, e no caso de cão de trabalho, a capacidade física que se define pelo tipo de trabalho a que a raça se destina.
Pouco adiantará um cão com excelente capacidade mental para o exercício de suas habilidades de trabalho, se o mesmo não dispuser de uma morfologia adequada para a conclusão do trabalho.
É evidente que de forma alguma estamos deixando de observar as habilidades mentais dos cães registrados para o projeto.
Mas de pouco adiantará tentar selecionar cães de morfologia moderna, com habilidades mentais de boa qualidade. Uma capacidade física prejudicada não permitirá que ele realize o que sua mente deseja.
Temos demonstrado que ao longo de algumas décadas, juízes de raça tem conduzido de forma equivocada a seleção do Fila Brasileiro, não só sob os aspectos do temperamento e sistema nervoso.
No post de nosso site que corresponde a este post no Facebook, procuramos demonstrar um dos grandes equívocos do ponto de vista funcional, que juízes de raça fizeram produzir no Fila Brasileiro, incentivando criadores por premiações e cursos: angulações “fechadas” nos ombros.
Com angulações mais fechadas no “trem anterior”, o moderno fica comprometido em sua funcionalidade. Não só as angulações são menores, mas os membros também, dificultando ainda mais a movimentação livre e o ganho de terreno para os cães.
Para quem estuda uma raça do ponto de vista funcional é imprescindível entender que o conceito de belo está aliado ao conceito de funcional.
Fotografia 01 – cão que bem representa o conceito OFB.
Fotografia 02 - Cão Fred, na fazenda onde foi observado por mais de 12 meses até ser registrado e colocado em reprodução.
Nas fotografias que se seguem, filhas adultas do cão Fred, com matrizes diferentes, todas em reprodução no projeto OFB.
Além da observação funcional dos cães aborígenes para o registro RI, o teste de reprodução deve ser realizado como prova de pureza racial, com a perfeita transmissão dos caracteres raciais.
Foto 3
Foto 4
Foto 5
Verifique a nossa publicação que explica porque um cão como Fred da Fazenda Mirante, como qualquer cão OFB deve invocar em nós um conceito de belo, acima do conceito de belo moderno.
Compare a fotografia de um cão de padrão OFB, com a fotografia de um cão premiado FBM, e tire suas conclusões com relação à capacidade de movimentação de ambos.
6 de novembro
A verdade Liberta 07
Continuando com nossas observações a respeito da morfologia que deve ser considerada representativa para um cão da raça Original Fila Brasileiro, algumas considerações devem ser feitas.
Interessante atentarmos sobre a importância de se selecionar morfologia para a constituição de uma raça. Nos referimos à constituição de uma raça, porque estamos nos propondo a reconstituir uma raça ainda pouco estudada.
Já foi amplamente divulgado e hoje é quase consenso geral, que a raça Fila Brasileiro sofreu alterações em sua concepção original, devido à falta de estudos mais embasados sobre sua origem, e especialmente estudos sobre suas funções e as relações de sua estrutura física e mental com as funções.
Divulgou-se que o Fila seria boiadeiro e onceiro, e algumas premissas foram estabelecidas – a maioria não erroneamente – para justificar sua aparência física. Por exemplo, foi dito que o couro solto e grande seria uma vantagem para os cães lutarem com onças.
Premissa que pode estar correta, porém as pessoas entenderam que quanto mais couro, mais puro seria o cão - e certamente mais funcional. Daí os exageros que temos hoje.
Foi divulgado que o Fila seria um cão muito forte, para lutar com touros.
Os urbanos entenderam que quanto mais pesado e atarracado, eles representariam melhor a raça. Daí os cães de pernas curtas e tórax enormes.
Por isso a aplicação destas premissas tem que ser revistas, e precisamos também que outros conceitos sejam postos em lugar dos conceitos que levaram a raça às alterações.
Alterações que comprometem sua funcionalidade e saúde física, o seu bem estar físico.
Quando nos referimos a morfologia, estamos definindo padrões de estrutura física, capazes de oferecer funcionalidade e saúde.
Aqui no site, no último post, mostramos as consequências da diminuição do tamanho das pernas dos cães, e do fechamento das angulações do “Trem Dianteiro”, na raça. Ou seja a alteração na posição das omoplatas, relativamente à cernelha.
Neste post do site, vamos reforçar a “aula” que foi oferecida por Paulo Santos Cruz, que a partir de estudos básicos disponíveis nas décadas de 1950/60, disponibilizou a seus seguidores e juízes em formação.
Ensinamentos abandonados e considerados até mesmo “Graves Erros Conceituais” atualmente pelos comunicólogos do Fila Puro.
Algumas fotografias ilustrativas estão colocadas neste Facebook e outras comparativas são postadas no nosso site, pela impossibilidade de postarmos aqui, já que os proprietários de alguns cães não aceitam a comparação aqui no Facebook, ainda que com argumentos estritamente técnicos.
Vocês poderão ver a fotografia do Bicampeão Fila Puro 1986, Umbú da Fazenda Carolina, em comparação com um campeão moderno, e também em comparação com estes reprodutores atuais OFB, que postamos aqui no Facebook.
Por onde se pode ver a mudança conceitual nos julgamentos do Fila Puro.
Clique aqui e veja nossa publicação recente.
Seguem fotos de alguns cães atuais do projeto OFB, todos em reprodução no momento: porte, morfologia de trabalho, rusticidade e temperamento de guarda.
Foto 01 – O cão Baião do Caramonã. Resultado de interação de linhagem tradicional preservada, com aborígenes.
Foto 02 – O cão Sertão do Cangaço. Cão de linhagem tradicional preservada, que vem sendo utilizado como reprodutor com linhagens rústicas aborígenes.
Foto 03 – O cão Falcão do Martalice. Resultado de interação intensa entre linhagem tradicional e aborígenes de origem estudada e pesquisada.
14 de novembro
Prezados seguidores do projeto OFB.
Continuando com nosso trabalho de desvendar a verdade, como um compromisso de libertar as pessoas de mitos e desinformação, vamos passar aqui um link de uma entrevista do criador OFB e especialista em comportamento canino, Marcelo Castro.
Temos procurado demonstrar o que é uma boa estrutura física para um OFB, diferenciando da estrutura morfológica dos Filas modernos, considerando que uma boa estrutura é fundamental para o exercício de uma aplicabilidade funcional dos cães.
Porém nossos orientadores em temperamento, sistema nervoso e comportamento canino, tem trabalhado da mesma forma estudando o Fila Brasileiro seja o moderno ou o original, procurando esclarecer a todos sobre equívocos e possibilidades de acertos para novos criadores.
Marcelo concedeu uma sequência de entrevistas ao canal ABC Dog, com Claudio Alfenas.
No episódio 05 – Considerações sobre o Fila Brasileiro – Marcelo fala sobre o que busca na criação, e comenta a principal aptidão do Fila: Guarda Territorial.
Neste quesito, Marcelo mostra o que seria importante nas características de um cão para seleção racial: manter a defesa, porém lidar bem com esta característica; não precisamos de cães de alta agressão social, mas de forma alguma o foco da seleção pode ser unicamente a defesa.
Segundo Marcelo, os criadores tradicionais se esqueceram que o bom cão de guarda precisa do “balance” entre defesa, agressão, coragem.
A “cegueira” de criadores sobre conhecimento, ciência, levou o Fila ao ponto em que chegou, por se confundir "Defesa" com "Agressão".
Nas exposições, pode-se ver demonstrações equivocadas de temperamento, induzindo leigos a erro. Premia-se muitas vezes cães em situação de fuga, como se tivessem bom temperamento. E com muitos aplausos da plateia.
Ao longo de anos, quem vem tentando debater estas questões, tem sido alijado dos clubes que defendem a postura equivocada das provas de temperamento.
Juízes que se postam como “donos da verdade” não ouvem vozes de críticas positivas há mais de 40 anos.
Na verdade, pessoas que se posicionam como arautos da verdade nos ambientes do FB, repetem as mesmas retóricas há mais de 40 anos, sem se dar conta do avanço da ciência cinófila, e sem se dar conta do ridículo que passam e fazem os clubes passarem.
Finalmente Marcelo explica que alguns criadores começam a procurar o plantel OFB, para melhorar o plantel FB. Parabéns para nós!
Veja a entrevista:
E lembre-se, pedigree OFB é somente pela SOBRACI!
23 de novembro
A respeitada revista de pets Cães e Cia traz em sua última edição, um tópico denominado TOP CÃES, com divulgação sobre mais de 100 raças caninas, mais criadas no Brasil.
Como não poderia deixar de ser, o Fila Brasileiro está entre as raças citadas.
O que chama a atenção, é o fato de que a revista publica a "teoria" sobre a origem da raça, com afirmativa de que se trata de um cão resultante de acasalamentos entre raças de origem inglesa.
Hipótese já muito rebatida, a começar pelo decano da cinofilia brasileira, juiz Al Raundler do BKC e CBKC e grande conhecedor da história do Fila Brasileiro na cinofilia, Paulo Godinho.
Em seu livro “Fila Brasileiro – Um Presente das Estrelas”, à página 189 ele garante que a “teoria” da origem em raças inglesas, fora invenção de Paulo Santos Cruz, sem nenhuma base documental.
Ele explica do alto de sua experiência no BKC que a hipótese veio a justificar a importação de cães do exterior para acasalamentos com o nosso patrimônio genético, a título de “voltar às origens”.
O que gerou grande parte do plantel atual da raça, como temos demonstrado aqui, bastante alterado do original.
Nas publicações do Facebook e através do livro “Cão Fila Brasileiro – Preservação do Original”, o projeto OFB vem demonstrando via documentos fotográficos e outros, a praticamente impossibilidade de ligação de nosso molosso com cães ingleses.
Até porque nossa colonização tem quase nada a ver com a nação inglesa, a não ser com a chegada de D. João VI ao Brasil, quando autorizou o domínio dos portos brasileiros aos ingleses.
Por outro lado, temos demonstrado que nossas raças nativas – ou crioulas - tem origem ibérica, em sua quase absoluta maioria, muito antes da chegada do D. João ao Brasil.
Da mesma forma, temos demonstrado sobejamente que os portugueses tinham um cão denominado Alão ou Cão de Fila, desde pelo menos o ano de 1.200, que já selecionavam para a caça ao javali ou a lida com gado bovino bravio.
Nosso leitor pode acessar na internet o livro português “Livro da Montaria” escrito por volta do ano de 1.350, onde verá que o Alão é objeto de seleção para agarre (filar), desde antes daquela época.
Porque então, nosso cão de Fila – mesmo nome que recebia em Portugal – não seria proveniente de cães portugueses?
A cinofilia precisa rever a hipótese de Santos Cruz, com todo respeito pelo que o homem fez pela raça, e reconhecer que a se acreditar nesta hipótese, a criação caminha para os equívocos nos quais entrou: a perda de nosso material genético original.
A revista apenas repetiu a narrativa do clube, que teimosamente insiste em manter o erro. Insistir no erro é mais um equívoco!
Orgulho e vaidade são péssimos conselheiros, e levam a atitudes desastrosas via de regra. Reconhecer o equívoco é sinal de inteligência e boa vontade.
Honestidade intelectual é um bem da ética que valoriza pessoas e entidades.
Para o bem da raça, é importante que se reconheça nossas origens históricas, e deixando de lado o “complexo de vira latas”, poderemos reconhecer nosso patrimônio não de forma pejorativa denominando-o de vira latas.
A colonização já se foi no tempo e podemos muito bem nos valorizar sem querer agradar à “superioridade” colonizadora. Nossos crioulos muito nos orgulham.
Respeitosamente queremos nos dirigir aqui também à Cães e Cia, e lembrar que seu poderoso potencial de divulgação, pode ser colocado à disposição de valorizar nossos crioulos.
Nosso leitor poderá visitar a nossa seção de alteração da raça, vendo como foi dada aparência de raças importadas, premiando-os como Fila Puro.
Pelo link nesta postagem você poderá ver um texto publicado pelo clube criado por PSC, em seu site, em que se demonstra claramente a filosofia que foi abandonada, e que hoje, adotada pelo projeto OFB, é criticada e atacada.
Veja lá a estória de cães como Leão e Hércules de Jawa, verdadeiros OFB.
Esta situação levou à separação em duas raças, Fila Brasileiro e Original Fila Brasileiro. Opção de criação que hoje está colocada para todos os brasileiros.
Visite a nossa página relacionada às origens da raça.
E veja você mesmo, tirando suas próprias conclusões.
Nas imagens que se seguem aqui temos:
Foto 01 – cópia da página da revista, onde se repete a chamada teoria Santos Cruz – todos os direitos garantidos.
Foto 02 – Fotografia de cão português em situação de cuidado e guarda com gado.
Foto 03 – Fotografia de cão tigrado, raça portuguesa.
Foto 04 – cães nativos fotografados na década de 1970, em fazenda.
Foto 05 – idem fotografia da mesma época.
Foto 06 – Fotografia de cão em 1980, registrado por juízes do Cafib, quando ainda sob orientação do mentor da ideia de resgatar a raça a partir de cães do interior, o “mestre” Santos Cruz.
Fotos 07 e 08 – Fotografias comparativas entre o cão OFB Zambu do Córrego Preto (2017), com seu proprietário Bruno, e o cão (direita) Dunga de Parnapuan (1954), com os detalhes de cabeça de ambos.
Zambu é fruto do projeto OFB em 3 gerações.
Separam estas fotografias, 63 anos. Tempo ainda de se preservar!
Aqui demonstramos que a raça vem sendo preservada no original, sem qualquer aparência com buldogues, mastifs ou bloodhounds.
Todas as nossas publicações são de cunho didático, gratuitas e sem fins lucrativos.
09 de dezembro
O projeto OFB apresenta diferenciais em sua proposta para o Fila Brasileiro, especialmente em considerar o realismo da distância entre os antigos Filas e os modernos.
Pensado em 2012 e aos poucos colocado em prática por um grupo pioneiro, vem a cada dia que passa se consolidando em favor do resgate da raça na concepção original.
O projeto já é reconhecido, e a despeito de muitas previsões de que não vingaria, já vem transformando os ambientes do FB, alertando para as incoerências da modernização da raça, levando juízes e criadores a repensarem seus conceitos de criação e avaliação racial.
Recentemente uma série de entrevistas feitas pelo canal ABC Dog, com Marcelo Castro, criador aficionado ao OFB, mostra a “cara” do projeto e dá um importante recado ao ambiente do FB em geral, procurando colocar uma “pá de cal” nas agressividades e animosidades próprias do ambiente há décadas.
O objetivo é o nosso patrimônio genético nacional, preservá-lo e cuidar dele. O foco deve ser este, em detrimento da concorrência comercial e das vaidades de clubes e criadores.
E para que os objetivos do OFB venham a se consolidar, a organização hoje já com 30 criadores distribuídos em todo o Brasil, lança os primeiros passos de um programa de seleção para a preservação da melhor qualidade da raça.
A intenção é cuidar que o conceito de qualidade se alinhe com a funcionalidade, e não com a beleza imposta por modas.
O criador da raça Pastor Alemão, Capitão Max von Stephanitz, deixou com seu legado ao mundo, uma frase que bem caberia ao projeto OFB: “Não permitam jamais que o Pastor Alemão deixe de ser um cão de trabalho”.
A função se sobrepõe a quaisquer conceitos de beleza ou padrão racial, que se distancie dela. A beleza só tem sentido com saúde e funcionalidade, e o conceito de belo se confunde com o funcional.
O estranhamento de alguns criadores, com relação à aparência de alguns cães OFB, se justifica pelo fato de que não é usual se sobrepor função a conceito de padrão.
Evidentemente que o capitão Max estudou morfologia e procurou determinar um padrão racial na forma de um design principal, que poderia variar conforme os exemplares que mais se adequassem a provas de trabalho.
Assim também o projeto OFB procura um design harmonizado com capacidade de movimentação e habilidades físicas e mentais próprias da raça, historicamente.
A pandemia do Covid19 tem atrasado nosso cronograma intencional de aplicação prática de provas funcionais, e pode ser que venha a atrasar ainda além de algumas metas estipuladas para 2021.
Mas já temos um traçado para a seleção racial com base em aptidões física e mental para nossos cães.
Neste quesito o projeto OFB inova e busca o caminho para além da teoria. Algo ainda não imaginado para nossa principal raça nacional.
Um conjunto de regras determina ações obrigatórias, a serem cumpridas dentro de um prazo, com sentido seletivo baseado em provas de esforço físico e aptidões mentais.
A superioridade dos cães será determinada, não pela aparência física (parecer ser), mas pelas capacidades evidenciadas, como vigor físico, resistência, sistema nervoso de elevada qualidade, instintos de caça e guarda e adestrabilidade adequada a cães territoriais.
E se tivermos que rever itens do padrão racial até agora traçado, a revisão será pautada pela funcionalidade, a partir das provas de campo.
Esperamos de nosso molosso, que apresente uma morfologia de força, resistência e agilidade harmonizadas, isso tudo aliado a uma capacidade mental e nervosa superiores.
Colocaremos à prova, cães de nosso plantel, de antigo design e padrão, buscando não só aparências mas uma realidade provada.
Veja aqui, a proposta de seleção e as regras para conferir maior credibilidade aos nossos pedigrees.
Neste post, mostramos algumas fotografias antigas, e uma fotografia da atualidade, onde se pode ver em um momento da movimentação, uma morfologia funcional:
Foto 01 – Perfil da fêmea Brasa do ABC – filha de Orixá de Parnapuan – década de 1960.
Foto 02 – Araguaia do ABC, mesmo período.
Foto 03 – Bacuráo do Sobrado – Clube Mineiro – década de 1960.
Foto 04 – Cães de José Amilton, Canil Aquenta Sol, década de 1960.
Foto 05 – Cão OFB em movimento, a trote - conformação para movimentação de grande alcance de terreno. Musculatura potente sobre um “chassis” bem estruturado.