O Boletim Cafib

Aqui apresentamos algumas fotografias comparativas entre cães FBM e OFB.

Antes de tudo, precisamos de referências. Nossas referências são baseadas em orientações de Paulo Santos Cruz (PSC), portanto nada como compartilhar estas orientações divulgadas de forma oficial, através do Boletin O Fila.

Com base nestas orientações, vamos ver o que sempre foi considerado uma cabeça de uma Fila Puro, não moderno, mas original.

A seguir publicamos uma imagem fotográfica da cabeça de um cão, considerada como ícone representativo do Fila Puro.

Os modernistas garantem que nada mudou desde a época em que PSC orientava os julgamentos.

Por outro lado, pessoas ligadas à comunicação do FBM afirmam que os julgamentos o “mestre” se constituíram em “graves erros conceituais”.

Confuso, já que criadores do chamado Fila Puro, se arvoram em herdeiros do conceito de raça PSC. Mas negam e não praticam seus ensinamentos.

Observe-se o tamanho das orelhas e compare com um mestiço de Bloodhound.

Sabemos que imagens falam mais que palavras, mas palavras mal colocadas podem induzir as pessoas a erros.

Observe-se o que se chama “expressão racial”, como fica alterada no FBM em comparação aos antigos cães originais.

Acima, imagem fotográfica de um OFB do Núcleo de Preservação do Original Fila Brasileiro, de cão padreador já utilizado com ótimos resultados.

Compare a expressão racial deste cão com um FBM, e comprove que nada tem a ver.

Compare a imagem desta fotografia com as fotografias (1 e 2) de 1980 com orientações de PSC e comprove a originalidade desta expressão, derivada de um formato de cabeça, orelhas, focinho, rima labial, etc.

Observe a postura das orelhas – “orelha de molosso” e não de Bloodhond – e o formato triangular, típico dos antigos OFB.

A seguir, entramos na questão a linha de dorso, um dos itens muito alterados dos originais para os FBM.

Na sequência, o cão Lord em fotografia, já idoso, e alguns cães machos premiados como exemplo de excelência para o FBM.

Acima, Lord, onde apesar da idade pode-se ver a firmeza da linha de dorso e as excelentes angulações dos posteriores e anteriores.

Observa-se ainda um excelente equilíbrio estrutural, conjugando possibilidades reais se o cão fosse jovem, de harmonia entre força e agilidade.

Pernas grandes garantem passadas largas, com rendimento de terrenos superior aos cães que apresentam pernas mais curtas – que vem sendo a preferência dos juízes FBM nas duas últimas décadas.

O osso ísquio longo, completa a capacidade de movimentação de um bom cão.

Apesar de uma grande barbela (que em geral se destaca mais nos cães idosos), não se observa os excessos de couro, com carga adicional de peso, como nos FBM mais premiados nas décadas de 2000 a 2020.

A seguir, a título didático, apresentamos fotografias de um cão macho premiado modernamente em exposições, considerado ícone da excelência do Fila Puro.

Compare a linha de dorso do cão na imagem 6 com a do cão Lord, na imagem 5.

Observe a alteração na angulação escápulo humeral, com fechamento angular – o que cientificamente sabe-se que é prejudicial à movimentação do animal.

Observe a relação de tamanho entre as pernas dianteiras e o comprimento das costelas, com tendência pernas curtas, comparativamente com o cão Lord.

Observe o resultado do fechamento da angulação anterior, na linha de dorso, inclusive com exagero de cinuosidade da linha superior.

Observe como a postura – que deveria ser elevada como no cão Lord – se torna “rebaixada”, com evidente concentração de peso no “trem anterior”.

Tais alterações produzidas por seleção artificial, sem estudos anatômicos adequados, certamente alteram as funções originais dos cães, permitindo que se tornem em urbanoides de pequenos espaços.

Nossos objetivos são exclusivamente didáticos, respeitando todas as opções de criação de raça, apenas discordando tecnicamente de algumas destas opções.